Terremoto: plano pode reduzir mortes
O governo japonês quer trabalhar em conjunto com 707 cidades de 29 províncias que seriam afetadas pelo desastre
REDAÇÃO
Tóquio - O governo japonês aprovou nesta sexta-feira um plano básico para tentar reduzir o número de mortes que poderiam ser causadas pelo "Grande Terremoto da Faixa de Nankai", previsto para atingir uma grande parte do arquipélago com magnitude superior a 9,0 graus.
Segundo o jornal Sankei, a intenção do governo nos próximos 10 anos é reduzir em até 80 por cento o número de vítimas. O mais recente relatório oficial diz que o terremoto de Nankai poderia causar mais de 300 mil mortes em todo o Japão e destruir 2,5 milhões de casas e prédios.
O plano envolve um trabalho conjunto entre 707 cidades de 29 províncias que poderiam ser afetadas pelo desastre. Destes locais, 139 cidades em 10 províncias merecem uma atenção maior porque, além do tremor de terra, seriam atingidas por um tsunami.
Até o ano que vem, o governo pretende aumentar de 79 para 90 por cento o número de casas e prédios com reforço na estrutura para que não sofram grandes danos durante um terremoto. Também deve criar medidas mais efetivas para o refúgio de moradores em áreas propícias a tsunamis.
O terremoto está previsto para ocorrer na área que engloba a faixa de Nankai, uma espécie de falha no fundo do mar, seguindo em uma extensão de 700 quilômetros pela costa desde a ilha de Shikoku até Shizuoka. Seria a ocorrência simultânea de três grandes abalos sísmicos: Tokai, Nankai e Tonankai.
Segundo um estudo do governo japonês, o terremoto de Nankai, na pior das hipóteses, com magnitude de até 9,1 graus, causaria um impacto econômico 10 vezes maior do que a tragédia de 11 de março de 2011, que teve intensidade de 9,0.
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Mapa mostra os locais que seriam atingidos pelo terremoto de Nankai. As cores em tons de vermelho, laranja e amarelo representam maior intensidade
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