Postado em: 19/07/2013
Japão: radiação já afeta 2 mil operários
Eles absorveram mais de 100 milisieverts na glândula tireoide e correm risco de desenvolver câncer
REDAÇÃO
Tóquio - Subiu para quase 2 mil o número de trabalhadores que absorveram uma quantidade de radiação acima do limite na usina nuclear de Fukushima. O número foi divulgado nesta sexta-feira pela operadora Tokyo Electric Power (Tepco), informou o jornal Mainichi.
Pelo menos 1.973 trabalhadores da usina registraram quantidade de radiação acima de 100 milisieverts na glândula tireoide, de acordo com exames médicos. Pessoas que ultrapassam esse limite têm mais chances de desenvolver câncer.
No último relatório, de fevereiro deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tinha constatado 178 trabalhadores em situação de risco, com base nos dados de 522 operários da central nuclear enviados pela Tepco.
A operadora disse que vai oferecer exames anuais gratuitos de tireoide aos 1.973 operários contaminados. Desde o acidente nuclear, em março de 2011, até dezembro do ano passado, trabalharam na usina quase 20 mil pessoas.
Em março deste ano, o Japão contestou um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) que fala sobre a possibilidade do aumento da incidência de câncer, principalmente tumores na tireoide, em relação aos moradores da província de Fukushima.
Segundo o governo japonês, o relatório da OMS não considerou o fato de todos os moradores terem sido evacuados em um raio de 20 quilômetros ao redor da usina, que teve vazamento de substâncias radioativas em decorrência do acidente. A retirada do mercado de alimentos possivelmente contaminados também não foi citada no documento.
A OMS alertou para a possibilidade do aumento da incidência de câncer. Em relação aos trabalhadores da central danificada, também há a preocupação com os riscos de leucemia.
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Operário com roupas de proteção nas proximidades da usina nuclear de Fukushima
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